Wednesday, March 14, 2007

ALTERAÇÃO NO CALENDÁRIO DAS SESSÕES

Ao contrário do que estava anunciado, a sessão "Ligar o mundo", apresentada por Fernanda Rollo, não se realizará no próximo dia 27 de Março, mas sim no próximo dia 24 de Abril, às 18h, excepcionalmente na Sala de Coordenação do Departamento de História, no 7º piso da Torre B da FCSH/UNL (muito perto do local habitual do seminário).

A próxima sessão do seminário será então a de Nuno Domingos, intitulada "A narrativa do futebol português em Moçambique durante o período colonial", no próximo dia 17 de Abril, às 18h, no local habitual (Sala de Reuniões do 7º piso da Torre B, FCSH/UNL).

Monday, March 12, 2007

Resumos (4)

Resumo da apresentação de Carla Baptista e Fernando Correia, "Do ofício à profissão. Mudanças no jornalismo português (1956-1968)" (23 JAN 2007 ; livro a editar em breve pela Caminho).

Este livro é um retrato vivido da forma como os jornalistas portugueses foram construindo um território profissional, orientado por valores éticos e humanos e definido pela posse de competências e saberes específicos. Esse percurso foi lento e acidentado, ora na onda de transformações sociais que o estimulavam, ora – as mais das vezes – interrompido e violentado por circunstâncias históricas e políticas com uma fortíssima capacidade de intromissão no campo jornalístico. Durante o Estado Novo, apesar de privado de liberdade de expressão, o jornalismo não morreu. O leitor encontrará aqui a análise de um período (1956-1968) considerado pelos autores como decisivo para a construção da profissão. Uma análise em grande parte baseada nos testemunhos de meia centena de jornalistas que recordam como se entrava para as redacções, como estas se organizavam e funcionavam, qual o ambiente de trabalho e de relacionamento mútuo – num tempo em que as tipografias eram habitadas por operários de fato-de-macaco que trabalhavam com chumbo quente, a utilização da cor se generalizava, a entrevista e a reportagem reganhavam importância, as novas tecnologias se chamavam máquina de escrever, fax, telex ou gravador, os jornalistas começavam a deixar de ter de ir de eléctrico para os serviços e nas redacções se usavam palavras que hoje soam estranhas e longínquas, como “linguados”, “espeto”, “passadores de prosa” e “repórteres-informadores”.

Friday, March 09, 2007

Resumos (3)

Resumo da apresentação de Luis Trindade, "Primeiras impressões. Entrar no mundo através das primeiras páginas dos jornais" (9 JAN 2007)

O jornalismo de informação como forma distinta dos jornalismos político e literário definiu-se nas últimas décadas do século XIX. Esse foi também o momento em que se generalizou a utilização da fotografia na imprensa periódica e em que o cinema nasceu. Ou seja, a fundação do regime informativo do século XX deu-se sob o signo das imagens. Estas não foram um complemento das formas de informação escrita mas o seu elemento genético. As primeiras páginas dos jornais serviram, assim, ao longo dos últimos cem anos, como janela de entrada para as notícias que construíram a percepção do mundo dos leitores de jornais, público que, por sua vez, foi educando o olhar na interpretação quotidiana de primeiras páginas onde a realidade aparecia encenada como jogo entre texto e imagens.